A regional da Companhia de Águas
e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN) em Pau dos Ferros afirmou que ainda
não há previsão para que a adutora de engate rápido entre em atividade. O
projeto vai reforçar o abastecimento no município, possibilitando que a água
chegue com mais qualidade à população. Esse planejamento foi idealizado, uma
vez que os moradores e o Ministério Público Estadual pressionam as autoridades,
devido à coloração escura e ao mau cheiro da água.
Segundo o chefe regional da
Unidade de Serviços da Caern, Anderson Araújo, a nova adutora interligará os
municípios de Itaú e Pau dos Ferros ao trecho da adutora alto-oeste, que tem
origem na barragem de Santa Cruz.
“Com a nova adutora, precisaremos
de menos água da barragem de Pau dos Ferros. Dessa forma, poderemos conferir um
tratamento melhor à água do reservatório. Essa medida proporcionará um
benefício substancial”, disse.
Ainda de acordo com a regional, a
Secretaria do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (SEMARH) entregou o projeto
da adutora à Caern, a qual trabalhava com 30 de maio deste ano, prazo de
entrega da adutora. Mas esse objetivo esbarrou em algumas exigências.
“A adutora está quase 100%.
Contudo, ainda faltam as bombas, que estão em processo de licitação. Além
disso, mesmo sendo uma obra emergencial, temos encontrado burocracia e a
necessidade de nos adequarmos às determinações de alguns órgãos. Por exemplo,
foi necessário modificar detalhes da adutora, pois, segundo o Departamento Nacional
de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a obra estaria invadindo a área de
segurança das rodovias. Por isso, não posso dar uma previsão, visto que nem
tudo depende de nós. Há imprevistos”, salientou.
Anderson também afirmou que as
obras não estão paradas. “Atualmente, temos duas equipes nas adutoras e nas
estações elevatórias. Os trabalhadores continuam a execução dos serviços”,
acrescentou.
Sobre a qualidade da água, o
chefe da Unidade de Serviços assevera que não há mais presença de mau cheiro.
“A turbidez e a cor da água eram muito elevadas, o que conferia a coloração
escura. Mas, agora, estão dentro dos padrões exigidos pela Organização Mundial
da Saúde”, frisou.
Com esse padrão atendido,
Anderson explicou que a potabilidade da água está assegurada. Questionado sobre
se a água pode ser consumida, ele fez uma ressalva: “Após o tratamento a que é
submetida, a água cumpre os critérios da potabilidade. Contudo, não podemos
afirmar que ela chegue com a mesma qualidade nas residências, porque no trajeto,
percorrendo a tubulação e adentrando nas caixas d’água, algumas impurezas podem
penetrar”, explicou.
Ele também contou que, desde
2009, os volumes de chuvas foram insuficientes para reforçar a barragem de Pau
dos Ferros. Segundo o chefe da Unidade de Serviços, as dificuldades se
agravaram, pois a quantidade de água no reservatório foi diminuindo e,
consequentemente, a concentração de matéria orgânica se acentuou.
“A partir de então, as
reclamações começaram a surgir acerca da coloração escura e do odor da água.
Diante dessa realidade, o processo de tratamento ficou mais complexo. Só para
se ter uma ideia, antes, realizávamos apenas filtração e desinfecção à base de
cloro. Agora, para chegar ao ponto de consumo, chegamos a usar de três a quatro
produtos químicos a mais. O processo se tornou bem caro, para alcançarmos o
resultado atual”, ressaltou, ao garantir que, anteriormente, a água tinha odor
desagradável, em ambientes fechados.
fonte: Blog do JP.
imagem: Pesquisa Google