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Pela primeira vez,
climatologistas admitem que mudanças climáticas globais podem estar por trás
dos recordes de calor e da falta de chuva, no janeiro mais hostil para muitas
regiões desde o início das medições, em 1917. Até agora, o índice médio é de
36,8 graus Celsius, superando o recorde anterior: 36,2 graus, em 2010. Segundo
o Climatempo, fevereiro deverá ser ainda mais quente, devido à pouca
nebulosidade e ao aumento da exposição ao sol.
O meteorologista do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Manoel Gan explica que três fatores
estão por trás deste janeiro radical. O primeiro é um bloqueio — em linhas bem
gerais, uma massa de ar — no Pacífico Sul, que desvia os ventos atmosféricos
para longe do Sudeste bem na altura do Rio de Janeiro.
O segundo é uma mudança vinda da
Amazônia. Jatos de vento amazônicos de alta velocidade carregados de umidade se
desviaram do Sudeste e foram para o Sul do Paraguai. Esses rios voadores chovem
agora sobre o Sul do Brasil.
O terceiro elemento é o chamado
Vórtice de Altos Níveis do Atlântico, um aquecedor de ar e detonador de nuvens.
Costuma se formar perto do Nordeste, mas se deslocou mais para o Sul na altura
do Norte do Rio. Agradeça a ele quando sentir muito calor. É também o assassino
das chuvas de verão de fim de dia, que ajudam a amenizar a temperatura.
Fonte: Blog do JP.
Imagem pesquisa Google.