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Chuvas enchem barragens e deixam desalojados, desabrigados e mortos em Pernambuc

Cheia em Barra de Guabiraba foi uma das maiores no Estado (Foto: Mário Flávio/G1 )


Sábado (27) e o domingo (28) trouxeram de volta a esperança para os moradores do interior de Pernambuco. Cidades do Agreste e Mata Sul receberam um grande volume de chuvas, o que não ocorria desde 2010, quando houve a última grande cheia no Estado. No entanto, o grande volume deixou ao menos quatro mil desalojados, vários desabrigados, dois mortos e dois desaparecidos. O governador do estado, Paulo Câmara (PSB), decretou estado de calamidade em 13 municípios.

Em Caruaru, foram mais de 290 mm de chuva, o volume esperado para todo o mês num único dia. A barragem do Rio da Prata, principal manancial, que estava em colapso, dobrou a capacidade. Com o aumento, o reservatório que abastece Caruaru, Agrestina, Santa Cruz do Capibaribe, Ibirajuba, Altinho e Cachoeirinha está com 10 milhões de m³ de água.

Este acréscimo no volume da barragem irá garantir o uso da água até agosto deste ano, conforme informou a Compesa. "A melhoria do nível do Prata é uma boa notícia, pois ainda estamos no meio da quadra chuvosa, e a nossa expectativa é que a barragem acumule mais água no período das chuvas, assim como outros mananciais do estado", afirma o diretor Regional do Interior da Compesa, Marconi de Azevedo.

Em Garanhuns, os três reservatórios que fornecem água para o município também elevaram o volume. A barragem do Cajueiro aumentou o nível de acumulação de 43% para 48% (6,9 milhões de m³ de água); Mundaú subiu de 23% para 35% (696 mil m³); enquanto Inhúmas, que estava em colapso, com 5% da capacidade total, agora subiu para 27% (1,8 milhão m³).

Barragens no Sertão também acumularam água. O manancial Jazigo, localizado em Serra Talhada, voltou a acumular água após seis anos. O reservatório está com 14,8 milhões de m³ de água, o que corresponde a 95,3% da capacidade total, segundo a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac).


De acordo com os agricultores que moram nas proximidades da barragem, o local estava seco desde 2011. Com a chegada da água, a paisagem mudou e já tem até pasto para os animais se alimentarem.


G1 Caruaru