A geração de energia eólica no Nordeste bateu recorde no sábado, 29, quando foram produzidos 5.746 MW médios dessa fonte, atendendo 63% da carga da região. Às 10h57 daquele dia, a produção desses parques eólicos foi ainda mais intensa e chegou a responder por 69% da carga. A produção de energia a partir dos ventos vem garantindo o abastecimento no Nordeste, que enfrenta uma longa seca, com reflexos na redução da geração hidrelétrica. Fonte: Jornal O Estado de São Paulo (Luciana Collet)
Nordeste puxa a produção de energia eólica no Brasil
O Brasil tem 457 parques eólicos, 80% deles estão no Nordeste. Juntos, eles têm capacidade de produzir 11,4 gigawatts de energia eólica. É o equivalente a uma usina de Belo Monte.
Esses recordes seguidos de produção de energia a partir dos ventos têm duas explicações. Primeiro, porque novos parques eólicos estão sendo colocados em operação. Além, disso, nós estamos apenas entrando no período de safra.
No Brasil, os ventos vão ficando mais fortes de meados de junho até dezembro. Os melhores meses são setembro e outubro. Por isso, o setor aposta que muitos recordes vão ser quebrados até o fim de 2017.
Até 2020, outros 287 parques vão entrar em operação e vão gerar mais 7 gigawatts de eletricidade. O potencial de crescimento da produção desse tipo de energia é imenso. Uma conta, feita pela Associação Brasileira de Energia Eólica, deixa isso claro.
Todas as usinas do país, de todas as fontes – hidrelétrica, termoelétrica, eólica, solar – têm capacidade de produzir juntas 160 gigawatts de energia. Mas se tivéssemos parques eólicos em todos os lugares do Brasil já mapeados, a produção poderia chegar a 500 gigawatts, mais do que o triplo do que produzimos hoje.
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