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Potiguares que moram nos EUA relatam tensão com chegada do furacão Irma

População pega areia para fazer barricadas na Flórida, EUA (Foto: Sabrina Wensloff)


Por Igor Jácome - G1 RN

"A situação está terrível", informou Sabrina Wensloff, que é diretora de serviços de um plano de saúde e mora nos Estados Unidos há 17 anos. Enquanto ela falava ao G1, assistia a um novo pronunciamento do governador do estado, mandando todos moradores da região costeira deixarem suas casas.


Ela resolveu ficar em casa, já que não fica tão perto da praia, mas mandou os filhos de 10 e 15 anos para a casa do pai, em Tampa, onde o furacão deve chegar com nível dois. "Me sinto mais segura com eles lá, porque posso cuidar de minha segurança e da casa", considerou.

Somente após três dias de procura, ela conseguiu comprar água para estocar em casa. Sabrina também comprou comida enlatada, mas está com dificuldade para encontrar gasolina. Além do transporte, o combustível é utilizado nos geradores de energia. "Acabei de receber uma mensagem da companhia de energia. Eles vão desligar a eletricidade antes da chegada do furacão, para evitar mais estragos", contou.

Ela e outros vizinhos estão aproveitando a areia que seria utilizada na construção de uma casa para colocar em sacos e fazer barricadas. Isso porque esperam enchentes provocadas pelo furacão.

No período que mora no sul dos Estados Unidos, Sabrina nunca viu um furacão nestas proporções. Lembra da passagem do Wilma, em 2005. Naquela ocasião, a cerca da casa dela voou e a família passou uma semana sem energia elétrica.