O maior reservatório do Rio Grande do Norte, que agora no início de 2018 entrou no chamado volume morto, continua secando. Medição feita na última sexta-feira (12) pelo Instituto de Gestão das Águas do Estado (Igarn) mostra que o nível de água da barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves baixou de 11,74% para 11,5% – o menor desde sua construção, em 1983.
Nesta semana, o técnico em produção de petróleo Bruno Andrade foi até a cidade de Itajá, onde ficam a prede e as comportas da barragem, e com um drone fez imagens aéreas da Armando Ribeiro.
Segundo o Igarn, se não voltar a chover logo, a barragem só manterá o fornecimento de água pelos próximos 30 ou 45 dias. Messias Targino e Patu, dois dos 40 municípios que dependem da Armando Ribeiro, entraram em colapso na quarta-feira (10). Atualmente, 16 cidades não possuem água nas torneiras e estão sendo totalmente abastecidas por meio de carros-pipa. Com isso, a Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern) suspendeu a cobrança das contas.
Armando Ribeiro
Maior reservatório do Rio Grande do Norte e o segundo do Nordeste, a barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves tem sua parede e suas comportas localizadas na cidade de Itajá, no Vale do Açu. A capacidade é para 2,4 bilhões de metros cúbicos de água.
Estava com 286,3 milhões de metros cúbicos no relatório do dia 28 de dezembro do ano passado, o que representava 11,93% do volume máximo. No dia 3 de janeiro, após nova medição, o nível baixou para 281,8 milhões, ou seja, 11,74%. Agora, no dia 12, o nível caiu ainda mais, chegando a 275.923 milhões, o que significa 11,5% do volume máximo de armazenamento.
Cidades em colapso
- Luís Gomes, desde outubro de 2011
- Tenente Ananias, desde agosto de 2014
- João Dias, desde novembro de 2014
- São Miguel, desde janeiro de 2015
- Pilões, desde março de 2015
- Rafael Fernandes, desde novembro de 2015
- Paraná, desde dezembro de 2015
- Francisco Dantas, desde fevereiro de 2016
- Marcelino Vieira, desde fevereiro de 2016
- Almino Afonso, desde março de 2016
- José da Penha, desde novembro de 2016
- Cruzeta, desde setembro de 2017
- Jardim do Seridó, desde outubro de 2017
- Santana do Matos, desde dezembro de 2017
- Messias Targino, desde janeiro de 2018
- Patu, desde janeiro de 2018
G1 RN