Rio Grande do Norte é responsável por mais de 95% da produção de sal do país (Foto: Anderson Barbosa/G1) |
As versões são natural, defumado,
ervas finas, com ibisco, chocolate com pimenta, caramelizado e alho com limão.
Nem parece, mas estamos falando de sal, ou melhor, da flor de sal - tempero
único que só tem produção em dois lugares do mundo: no Rio Grande do Norte e no
Sul da França.
Usada pela alta gastronomia, a
flor de sal é considerada rara e o sal marinho mais nobre e sofisticado, entre
os tipos existentes. Seus cristais são coletados de forma manual em períodos
específicos do ano, nas superfícies das salinas. Secados naturalmente ao sol e
envazados por artesãs, o produto é comercializado por lojas gourmet e
restaurantes ao redor do mundo.
Segundo os especialistas, o
modelo de produção mantém até o aroma do mar. A flor de sal contém mais de 80
minerais e oligoelementos, porém, o teor de cloreto de sódio, principal
componente do sal, é relativamente baixo. O magnésio, um dos primeiros
componentes a precipitar-se nas superfícies das águas, age como um realçador
natural de sabor, tornando-se também uma alternativa aos adeptos da qualidade
de vida saudável. Já o preço, é bem salgado: 100 gramas chegam a custar R$ 7.
No Rio Grande do Norte, principal
produtor de sal do país, a flor de sal é produzida por apenas uma empresa. O
produto foi selcionado para representar o estado no Salon international de la
restauration, de l'hôtellerie et de l'alimentation (Sirha). O evento é
considerado o mais importante em âmbito mundial para profissionais de
alimentação e hotelaria e será realizado entre os dias 14 a 16 de março, no São
Paulo Expo.
A empresa Cimsal, que é prioneira
na produção no país, foi uma das empresas do Rio Grande do Norte selecionadas
pelo Sebrae para compor o Espaço Terroir, que terá 63 produtores rurais de todo
o país. A ideia do espaço é apresentar no salão produtos diferenciados com
apelo gourmet que apresentam indicação geográfica ou de procedência,
certificação de orgânico, características oriundas de territórios brasileiros
que valorizam a cultura, a origem, as tradições e o “saber fazer”. O espaço
ganhou destaque nas últimas edições, chegando a ir para Lyon em janeiro de
2017, no evento francês.
G1 RN