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Reunião entre reitores dos institutos federais do RN com a bancada federal potiguar na Câmara dos Deputados - Foto: Cícero Oliveira |
Reitores da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Federal Rural do Semi-Árido
(Ufersa) e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN)
entregaram nesta segunda-feira (13) para deputados federais do Rio Grande do
Norte um documento que aponta o nível de atuação atual e os possíveis impactos
que serão causados nas instituições pelo corte anunciado pelo Ministério da
Educação de 30% no orçamento previsto para 2019.
O documento mostra, de forma
resumida, a atuação e o alcance das instituições públicas federais em todo o
Rio Grande do Norte. Os números presentes no relatório apontam que UFRN, Ufersa
e IFRN tem 41.456 estudantes matriculados atualmente, o que representa 36% do
total de estudantes do ensino superior no estado. O relatório indica ainda que
as instituições formaram 6 mil novos profissionais em 2017.
Estiveram presentes na reunião
com os reitores os deputados Rafael Motta (PSB), Natália Bonavides (PT) e Benes
Leocádio (PTC), além do senador Jean-Paul Prates (PT). O senador Styvenson
Valentim (PODEMOS) enviou um representante.
A análise também reitera que 31
das 71 formações disponíveis nas três instituições são exclusivas, como por
exemplo os cursos de química, física, matemática, agronomia, economia, artes,
música e engenharias biomédica, materiais, de alimentos, pesca e de
telecomunicações. A atuação na formação de professores, o índice crescente de
publicações científicas, de pós-graduações, de pesquisa e extensão também são
detalhados no documento.
As instituições federais apontam
que na prática o bloqueio orçamentário representa uma porcentagem mais elevada
em função de algumas áreas terem sido preservadas do corte, como assistência
estudantil e pagamento de pessoal. Com isso, os cortes reais em custeio e
capital representam respectivamente 33% e 44% na UFRN, 30% e 50% no IFRN e 35%
e 48% na Ufersa.
Com o corte de 30%, o impacto
total no RN é de aproximadamente R$ 109 milhões, com R$ 21 milhões de
investimento em obras, aquisição de livros, entre outros, e R$ 78 milhões para
custeio com pagamentos de terceirização, água e energia. Segundo os reitores, o
corte previsto vai deixar inviável o funcionamento das instituições e provocará
impactos também na economia do estado, já que a rescisão de contratos com as
empresas de terceirização pode acarretar desemprego para mais de 2 mil pessoas.
Os dados do documento serão
apresentados pelos deputados federais ao Ministério da Educação (MEC).
“Precisamos discutir o porquê desses cortes, que têm causado um apagão científico
em nosso país. Essa situação vai fechar as portas das instituições que são
parceiras do estado e fazem com que os seus alunos tenham ascendência social”,
disse o deputado federal Rafael Motta.
G1 RN