O estádio Mané Garrincha, em Brasília, é uma das sedes da Copa de 2014 suspeitas de terem obras influenciadas por cartel - Foto: Marcela Lemgruber/G1 |
A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de
Defesa Econômica (Cade) abriu processo para investigar um suposto cartel em
obras de construção e reforma de instalações esportivas destinadas à Copa do
Mundo de 2014. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (17) pelo órgão de
defesa da concorrência.
Segundo o Cade, a investigação começou com o acordo de
leniência (espécie de delação premiada para empresas) com a construtora Andrade
Gutierrez e executivos e ex-executivos da empreiteira.
No acordo a empresa apresentou informações e documentos que
apontavam indícios de conluio entre concorrentes de licitações destinadas a
obras em estádios de futebol para realização do mundial de futebol.
As empresas investigadas por suposta participação no cartel
em licitações de estádio da Copa do Mundo de 2014 são: Andrade Gutierrez,
Carioca Engenharia, Camargo Corrêa, OAS, Queiroz Galvão, Delta, Grupo Odebrecht
e Via Engenharia, além de 36 pessoas físicas relacionadas à essas empresas.
Segundo informou o Cade, até o momento, há indícios de que
os contatos entre concorrentes teriam se iniciado com a definição do Brasil
como sede do mundial pela FIFA, em outubro de 2007, tendo se intensificado no
segundo semestre de 2008. “O cartel teria atuado, pelo menos, até meados de
2011, quando foram assinados os contratos referentes às obras públicas dos
estádios de futebol para a Copa do Mundo”, informou o órgão.
A investigação apura oito licitações:
Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília;
Arena Amazônia, em Manaus;
Arena Pernambuco, em Recife;
Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro;
Estádio Mineirão, em Belo Horizonte;
Arena Castelão, em Fortaleza;
Arena das Dunas, em Natal e
Arena Fonte Nova, em Salvador.
G1 RN