Vista Parcial da praia de Ponta Negra, em Natal-RN - FOTO: Reprodução-Ararauna Turismo |
Mesmo com a chegada das férias escolares de julho, a indústria hoteleira do Rio Grande do Norte apresenta uma expectativa de redução no número de hóspedes nos principais destinos do estado, em relação ao ano passado. A informação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH-RN), José Odécio. As passagens para a capital potiguar chegam a custar o dobro na comparação com capitais vizinhas.
De acordo com o empresário, a capital potiguar tem a perspectiva de preencher 53% dos seus leitos, enquanto no ano passado, foram 66%. Da mesma forma, os hotéis de Pipa, no Litoral Sul potiguar, esperam ocupar 49% dos leitos, quando no mesmo período do ano passado, foram 64%.
A exceção é Mossoró, na região Oeste potiguar, que ocupou 40% dos seus leitos em julho de 2018 e tem a perspectiva de chegar a 53,3% neste mês.
Ainda segundo José Odécio, a perspectiva negativa é explicada pelo auto custo das passagens aéreas com destino ao Rio Grande do Norte. “As expectativas não estão positivas, porque esse custo aéreo é muito alto e isso, de fato, pesa bastante na decisão do consumidor”, pondera.
Mesmo diante do anúncio de 201 voos extras para o período, feito pelo Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante, o representante do setor hoteleiro argumenta que isso ainda não se refletiu no número de reservas. “A gente espera que melhore ao longo do mês , mas até agora isso não aconteceu”, garantiu.
Ainda conforme José Odécio, outra iniciativa, que foi o decreto do governo do estado com novos incentivos fiscais para reduzir o custo do combustível da aviação civil, tende a melhorar a situação. As companhias aéreas ainda precisam aderir ao programa e incrementar número de voos para ter acesso aos benefícios.
“Mas essa não é a única solução. Só temos três companhias operando. Falta competitividade, que é o que realmente força a redução de preços, mas com certeza essa iniciativa do governo vai colocar o Rio Grande do Norte em patamar de igualdade com outros estados”, considera.
Passagens mais caras
O argumento de José Odécio sobre a diferença no preço das passagens para Natal no comparativo com estados vizinhos é corroborado pela pesquisa semanal feita pela Federação do Comércio do Rio Grande do Norte (Fecomércio-RN).
De acordo com o levantamento publicado nesta segunda-feira (1º), os turistas de cidades como Belo Horizonte, São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro que quiserem chegar ao Nordeste, nos próximos 15 dias, pagarão até metade do preço cobrado para Natal se forem para cidades próximas, como Recife, João Pessoa e Fortaleza.
G1 RN