FALHA DE SAMAMBAIA CORTA OS MUNICÍPIOS DE PARAZINHO, JOÃO CÂMARA, POÇO BRANCO E BENTO FERNANDES. REPRODUÇÃO/LABSIS |
Desde o mês de julho deste ano foram registrados quatro tremores de baixa intensidade (com magnitude inferior a 1.0 na escala Richter) na região sul da Falha de Samambaia, no Rio Grande do Norte. A falha de Samambaia, a maior do Brasil, tem uma extensão de 38 km por 4 km de largura e corta os municípios de Parazinho, João Câmara, Poço Branco e Bento Fernandes com uma profundidade que chega a 9 km. Ela foi responsável por um dos eventos sísmicos de maior proporção no Brasil, o de João Câmara, em 1986.
De acordo com o Laboratório de Sismologia da UFRN (LabSis) os recentes e frequentes tremores na região demonstram que a falha geológica está em atividade. Os sismos ocorreram na área entre Umbu do Paulo, no município de Bento Fernandes, e Ouro Prêto, em Caiçara do Rio do Vento, que estão localizadas no limite sul da Falha de Samambaia.
O primeiro sismo ocorreu no dia 16 de julho, às 14h33 UTC (11h33, hora local). O segundo às 11h10 UTC (8h10, hora local) do dia 20/07. Já neste mês de outubro, especificamente nos dias 7 e 8 ocorreram mais dois eventos. Na segunda-feira (7), às 19h51 UTC (16h51, horário local) e na terça-feira (8), às 03h25 UTC (0h25, horário local).
Próximo à Falha de Samambaia também se encontra a falha geológica de Poço Branco, que apesar de ser bem menor também contribui por alguns tremores naquela região. As duas falhas podem ser responsáveis pelo tremor que ocorreu na manhã da última sexta-feira (11), às 13h40 UTC (10h40, horário local), em Taipu, quando um sismo, de magnitude preliminar calculada em 1.0 mR, foi registrado pelas estações sismográficas localizadas em Riachuelo/RN e Pedro Velho/RN. O LabSis informou segue monitorando a atividade sísmica da região Nordeste em tempo real.
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