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Centenas de peixes aparecem mortos em barragem na cidade de Pau dos Ferros

Centenas de peixes apareceram mortos na barragem de Pau dos Ferros - Foto: Reprodução


Centenas peixes mortos apareceram boiando na barragem da cidade de Pau dos Ferros, no Oeste potiguar. O Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) coletou amostras da água e também dos animais para análise nesta quinta (6), porém a suspeita é de que o motivo da mortandade seja o baixo nível do reservatório conjugado a outros fatores.
De acordo com José Evangelista, que comanda a Estação de Piscicultura do Dnocs na região, a barragem Pedro Diógenes Fernandes tem capacidade para aproximadamente 54,8 milhões de metros cúbicos de água, mas, atualmente, dispõe de 7 mil metros cúbicos. O nível muito abaixo da capacidade contribui para o registro de peixes mortos.
Fausto Magalhães, supervisor técnico da unidade de campo do Dnocs em Pau dos Ferros, afirma que o tempo nublado também pode ter contribuído para a mortandade de peixes. Magalhães explica que a diminuição da incidência de luz solar sobre o reservatório impede que as plantas aquáticas realizem fotossíntese. Assim, a quantidade de oxigênio presente na água diminui e provoca a morte dos animais que lá estão.
Além disso, o supervisor técnico também elenca as altas temperaturas na região como fator para o que ocorreu na barragem Pedro Diógenes Fernandes. Segundo ele, a temperatura elevada também contribui para reduzir o oxigênio na água.
José Evangelista conta que já há algum tempo peixes vêm aparecendo mortos no reservatório, porém a quantidade aumentou nos últimos 10 dias. “Acreditamos também que depende de vários fatores. A água está muito escura, acreditamos que o baixo nível da água e o superpovoamento de peixe, além da entrada da água das chuvas, tenham provocado essa mortalidade”, diz.
José Evangelista explica que a tomada de chuva insuficiente para aumentar o nível da barragem “baldeia” a água que já está no reservatório e a transforma em lama. “É tanto que a cor está praticamente preta, devido à lama”, acrescenta. 
G1 RN