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No RN, setor de água mineral movimenta R$ 350 milhões por ano, aponta entidade



O Sindicato da Indústria de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte (Sicramirn) já tem pronta uma campanha reforçando a qualidade diferenciada da água mineral do Estado.
Com um slogan simples e direto, “Água Mineral do RN”, a ideia da entidade, cujo mercado local movimenta R$ 350 milhões/ano apenas na indústria, é consolidar para o público a qualidade do produto e sua importância para a saúde dos consumidores.
“Se formos considerar o segmento de água em embalagem descartável, de maior valor agregado, esse valor sofre um incremento de 70%”, calcula o presidente do Sicremirn, Djalma Júnior.
São 70 milhões de litros de água mineral engarrafados mensalmente, dos quais 65% são de água mineral e 35% de água adicionada de sais.
A água mineral é aquela obtida diretamente de fontes naturais ou por extração de águas subterrâneas, obtidas pela perfuração de poços para sua extração.
Já a água adicionada de sais é uma água própria para consumo humano que recebe a adição de pelo menos 30 mg/L de sais minerais.
No momento, a água adicionada de sais ainda não está bem regulamentada e muitas delas não atendem aos critérios exigidos pela atual legislação, que está em revisão.
Atualmente, segundo Djalma Júnior, no RN, são 22 empresas que exploram águas minerais e 16 adicionadas de sais, somando 38 engarrafadores no Estado.
Hoje, a média de faturamento do setor é de R$ 6 milhões por mês, considerando apenas o faturamento da indústria. Mas, ao incluir os fornecedores na ponta, responsáveis por fazer os produtos chegarem às residências, esse movimento cresce para R$ 26 milhões por mês.
De acordo com Djalma Júnior, é um mercado que, no Rio Grande do Norte, cresce 8% ao ano, mas que registrou uma retração importante de 2018 para 2019, pelo crescimento das águas adicionadas de sais.
“Trata-se de um setor que concorre diretamente com os engarrafadores de água mineral da fonte especialmente no interior, onde o fator frete no custo final tem um peso decisivo no valor final do produto”, afirma.
A margem do revendedor de água mineral é de 35% a 40% bruto. “Tem muito trabalho aqui, pagando custos, já que a grande maioria não tem condições de agregar as cervejas no negócio, sobrevivendo do binômio água e gás”, diz Djalma Júnior.
“Seria ótimo que a maioria pudesse vender também cervejas e refrigerantes, que tem um valor agregado maior”, acrescenta.
Hoje, segudo Djalma, a população mais carente luta para comprar água mineral e a prova disso é a Região Metropolitana de Natal, onde quase 80% dos habitantes consomem regularmente o produto, independentemente da classe social.
“Nos próximos 10 anos, os fabricantes de águas adicionadas de sais são uma ameaça ao setor, especialmente no interior do Estado, e este é um problema que os produtores de água mineral precisarão se confrontar”, prevê.
Ele aconselha, em todo o caso, que o consumidor fique sempre atento à qualidade das águas disponíveis no mercado e opte por aqueles produtos seguros que atendam às legislações de água para consumo humano e que sejam controlados por órgãos responsáveis pela sua classificação e potabilidade, que são o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“É muito importante informar e esclarecer a população sempre. E é isso que o Sindicato da Indústria de Cervejas, Refrigerantes, Águas Minerais e Bebidas em Geral do Rio Grande do Norte está priorizando nesse momento”, explicou. 

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