Homem se passou por policial federal durante briga de trânsito em Natal - Foto: Reprodução |
Um homem abordou uma
família que estava em um carro ao lado do seu, na avenida Jaguarari, em Natal,
afirmando ser policial federal e pedindo os documentos do motorista. O caso
aconteceu após uma briga de trânsito nesta terça-feira (10). A Polícia Federal
nega que o homem que fez a abordagem seja ligado à corporação e afirma que já
está apurando o caso. A ação foi filmada.
Procurado pela
reportagem, o homem disse ser um pastor evangélico e que ainda nesta semana vai
se posicionar sobre o ocorrido.
De acordo com o relato
do condutor do outro carro, que preferiu não se identificar, o desentendimento
começou na rotatória entre a Avenida Presidente José Bento (Avenida 3) e a Rua
Jaguarari, na Zona Leste da capital.
“Eu entrei na rotatória
e ele vinha na Jaguarari. Ele não me deu a preferência, passou na minha frente
de uma forma que eu tive que frear o carro bruscamente e eu buzinei, para ele
ter mais atenção. Seguimos, coincidentemente, no mesmo sentido. Sentido
Centro”, relata.
O motorista estava com a
esposa e a filha de cinco anos no veículo. O casal ia deixar a criança na
escola. Segundo ele, mais adiante tentou uma ultrapassagem e o pastor o
trancou. Isso teria ocorrido mais uma vez, até que conseguiu fazer a
ultrapassagem.
“Quando
ultrapassei ele, estava com o vidro baixo, mostrando um distintivo e dizendo
que era para eu encostar o carro, que era uma abordagem da Polícia Federal. Eu
disse que não ia encostar e segui o trajeto”.
No
cruzamento entre a Rua Jaguarari e a Avenida Alexandrino de Alencar, o sinal
fechou e os automóveis ficaram um do lado do outro. “Ele desceu do carro,
dizendo que era policial federal, que eu não deveria ter feito aquilo, que ele
tava trabalhando, que estava descaracterizado porque tava em uma operação e que
o carro em que ele estava era uma viatura da Polícia Federal”, conta.
Durante
essa abordagem, a esposa do condutor filmou o homem. Ele fotografou placa e
também o carro do casal. “Muito constrangedor. Minha esposa começou a chorar.
Ele pediu o documento do carro e eu disse que não daria. Ele disse que eu
estava preso e eu disse que não”.
Depois
de algum tempo de bate-boca, o pastor teria proposto ao casal que apagasse os
vídeos, dizendo que também apagaria as fotos que fez e liberaria a família
daquela situação, reafirmando que seria uma abordagem da PF. “Foi só aí que
fomos liberados”, diz o motorista.
G1 RN