Em nota publicada nesta
segunda-feira 17, o Governo do Rio Grande do Norte rebateu as críticas feitas
pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, sobre a gestão da governadora
Fátima Bezerra (PT). As críticas ocorreram em entrevista concedida pelo
ministro ao Sistema Tribuna no último no domingo 16. Na nota, o Governo do
Estado fez críticas à gestão do ex-governador Robinson Faria, pai de Fábio Faria,
relembra as folhas de pagamento dos servidores estaduais deixadas em atraso, e
define como “negacionista” o governo federal comandado pelo presidente Jair
Bolsonaro (PL).
“Estou fazendo uma convocação das
oposições a Fátima Bezerra no Estado para que a gente saia com um nome. Neste
fim de semana, vou ter várias conversas, e na segunda-feira também, para que a
gente possa buscar um nome”, disse o ministro à Tribuna do Norte. “Deixou as
crianças um ano e meio sem estudar. Ela é professora. O Hospital Walfredo
Gurgel é um caos. Todo dia há assassinatos, mortes, explosão de farmácias. Vejo
que o governo fechou as portas para o Brasil todo. Não vejo ninguém conversando
com o Rio Grande do Norte”, disse ele.
O Governo do RN rebateu: “a atual
gestão não hesitou em dar assistência aos alunos enquanto estiveram em aulas
remotas”.
Confira a nota na íntegra:
O ministro das Comunicações,
Fábio Faria, norte-rio-grandense e filho de um ex-governador do Estado, voltou
a atacar a atual gestão da Professora Fátima Bezerra, numa postura politiqueira
e também rotineira. Com um discurso vazio e omisso, o senhor Fábio Faria faz
críticas ao atual governo, esquecendo de citar a trágica situação em que a
atual gestão recebeu o estado do Rio Grande do Norte, gerido até 2018 pelo
então Governador Robinson Faria, pai do ministro, à época com os maiores
índices históricos de violência e mergulhado em dívidas — quatro folhas
salariais dos servidores em atraso, além de uma imensa dívida com fornecedores.
O Governo do Rio Grande do Norte
que preza pela dignidade, educação e bem-estar social, em nenhum momento foi
omisso em relação à retomada das aulas presenciais na rede pública. A atual
gestão seguiu as orientações do Comitê Científico e dialogou com os órgãos de
controle quanto à definição do momento adequado e seguro para o retorno de
crianças, jovens e adultos às escolas, adequando-as às medidas sanitárias
preconizadas pelas autoridades em saúde. Ao contrário da gestão negacionista a
qual o ministro pertence e defende, causadora, por falta de atitude e decisão
firme, de tantas perdas durante a pandemia de Covid-19.
A atual gestão não hesitou em dar
assistência aos alunos enquanto estiveram em aulas remotas. Distribuiu 1,1
milhão de kits com itens da merenda escolar, somente em 2021, a exemplo do que
ocorreu em 2020. A preparação para o retorno às aulas demandou investimentos da
ordem de R$ 12 milhões, dos quais R$ 8 milhões em recursos estaduais, e R$ 4
milhões do FNDE.
Ao criticar a conduta do Governo
do Estado quanto à retomada das aulas presenciais, o Ministro Fábio Faria
também esqueceu de dizer que o Governo Federal, do qual se orgulha de fazer
parte, não liberou recursos para a compra de equipamentos essenciais às aulas
virtuais. Omitiu que a gestão federal demorou para liberar os recursos
necessários à compra da merenda escolar. Esqueceu que o Governo Federal
resistiu enquanto pode para liberar os R$ 3,5 bilhões do Fundo de
Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), aprovados pelo
Congresso Nacional, e que posteriormente levou a questão ao STF, onde foi
derrotado e o direito assegurado aos estados.
Na área da Segurança, a atual
gestão salvou 1.817 vidas entre os anos de 2019 e 2021, quando comparado aos
três primeiros anos da gestão do pai do ministro Fábio Faria. Naquele tempo,
não muito distante, o Rio Grande do Norte figurava entre os estados mais
violentos do país, com destaque na mídia nacional. Em 2017, foram 2.412 mortes
violentas. Em 2021, o RN teve o menor índice de assassinatos desde 2013, graças
ao trabalho incansável dos agentes de segurança pública e o reforço de
estrutura e pessoal promovido por decisão corajosa do governo nessa área. Em
contraponto à realidade vivida no governo do pai do ministro que deixou a
Polícia Militar aquartelada por falta de salários, vivendo de doações de cestas
básicas.
Outro destaque do governo
anterior ao nosso foram os ataques às instituições financeiras: 223 entre os
anos de 2015 e 2017. Nos três primeiros anos do Governo Fátima, foram
registradas 55 ocorrências do mesmo tipo.
Ao mencionar o Hospital Monsenhor
Walfredo Gurgel, a maior unidade de saúde da rede estadual, o ministro
desconsiderou os investimentos feitos na área da saúde. Esqueceu, novamente,
que em junho de 2017 o então governador decretou “estado de calamidade na saúde
pública”. E que, na gestão de Robinson Faria, o Sindsaúde alcançou um dos
maiores índices de macas e pacientes nos corredores do Walfredo Gurgel, mais de
100 [em 9 de maio de 2016]. Foi na gestão Faria que um Termo de Ajustamento de
Conduta assinado entre o governo e o Ministério Público determinou o fechamento
de sete hospitais regionais.
Por esses e muitos outros
motivos, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte se sente no dever de
relembrar à sociedade que as estratégias politiqueiras de uma casta
inconformada com a atuação séria e responsável da atual gestão tentam retratar
uma falsa realidade para amparar seus discursos e omitir a vergonha de um
triste passado que marcou a vida dos norte-rio-grandenses.
GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE
DO NORTE
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – ASSECOM
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