Condutores de ambulâncias do
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) paralisaram seus serviços na
manhã desta terça-feira (19) em Macaíba, na Grande Natal.
Segundo a categoria, a
paralisação abrange 100% da frota - cerca de 18 ambulâncias que atendem a
região metropolitana da capital e outras duas que atendem a região de Assu, no
Oeste potiguar.
Os trabalhadores afirmam que
temem pela demissão de 120 condutores após a contratação de um novo instituto,
que abriu seleção para condutores de ambulância. Eles pedem garantia da
manutenção dos seus empregos.
Segundo William Peixoto,
presidente do sindicato dos condutores de ambulâncias do Rio Grande do Norte, a
contratação da Oscip - organização da sociedade civil de interesse público -
chegou a ser suspensa há cerca de um ano e meio por uma liminar da Justiça, mas
foi retomada após nova decisão judicial.
"São 120 pais de família que
querem alguma garantia de seus empregos. O motorista de menor experiência aqui
está atuando há 10 anos", diz.
Segundo o condutor Jailson Alves,
os condutores também pedem a saída da coordenação do Samu Metropolitano.
"Essa Oscip é para assumir
já a partir agora do dia 7 de maio e esses 120 pais de famílias estão
desempregados. Os pais de família resolveram parar porque não houve nenhuma
conversa com o governo do estado. Então nós resolvemos, como já estamos
desempregados, parar o serviço", disse.
Segundo a coordenadora do Samu
Metropolitano, Wilma Dantas, o serviço está paralisado para a região
metropolitana, abrangendo municípios como Parnamirim, São Gonçalo do Amarante,
Extremoz, Macaíba, Ceará-Mirim, São José de Mipibu e Nísia Floresta.
Wlma afirmou que, após a decisão
judicial sobre o último processo licitatório, a empresa JMT anunciou a demissão
dos servidores, o que causou a paralisação. Ela afirmou que o governo procurou
a empresa para garantir o atendimento até o dia 6 de maio, último dia de
contrato, mas ainda não recebeu resposta.
Ainda de acordo com a coordenação
do Samu, os condutores podem se candidatar às vagas na nova empresa. "Com
certeza serão aproveitados", disse Wilma.
O g1 questionou quantos
atendimentos são realizados por dia, em média, na região metropolitana, mas não
recebeu esses dados até a última atualização desta matéria.
A Secretaria Estadual de Saúde do
Rio Grande do Norte afirmou que oficiou a Procuradoria Geral do Estado para que
a Justiça seja acionada a fim de proibir a paralisação, "por ser contra a
lei", e punir a empresa.
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