Um relatório do Conselho Nacional
de Política Fazendária (Confaz) apontou que, de janeiro a julho deste ano, o
Rio Grande do Norte apresentou crescimento de 10,8% na arrecadação de impostos
em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo o Confaz, as informações
são encaminhadas pelos estados para a produção do relatório. Segundo o
Impostômetro
Ao total, foram R$ 4,5 bilhões
arrecadados nos primeiros sete meses deste ano, contra R$ 4 bilhões no mesmo
período de 2021. Comparando mês a mês, apenas fevereiro de 2022 teve
arrecadação menor do que o mesmo mês do ano passado. Segundo Carlos Eduardo
Xavier, secretário Estadual de Tributação, credita à inflação e a atuação da
pasta como principais motivos para o aumento da arrecadação. “É positivo porque
você tem mais verbas para aplicar nas políticas públicas”, avaliou.
Entretanto, com o aumento da
arrecadação atrelado à inflação, segundo o secretário, este aumento tende a não
se materializar quando se considera o longo prazo. “As pessoas vão perdendo
poder de compra e consumindo menos. Os custos do estado vão aumentando, os
contratos são revisados. Este crescimento baseado na inflação não é positivo
para ninguém”, completou.
FUTURO
No entanto, o futuro da
arrecadação pode apresentar quedas. Ao menos é o que estima Xavier.
Principalmente por conta das novas alíquotas do Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços (ICMS), que terá menor arrecadação após medidas que
diminuíram a fatia do tributo para a energia elétrica, telecomunicações e
também combustíveis. “Em agosto não temos o mês finalizado, mas temos uma perda
real do ponto de vista de energia, telecomunicações e combustíveis, arrecadamos
R$ 61 milhões a menos que em agosto”, adiantou Carlos Eduardo.
A alteração na cobrança do ICMS
foi por meio do Projeto de Lei Complementar (PLP nº 18), aprovado em junho, que
limita a alíquota máxima de ICMS que pode ser cobrada sobre bens e serviços
relacionados a combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e
transporte coletivo. O projeto determina que esses setores são bens e serviços
essenciais, proibindo estados de cobrarem uma alíquota acima do piso estadual
do ICMS – que atualmente é de 17% ou 18%, dependendo do estado.
O Supremo Tribunal Federal (STF)
já havia decidido que energia elétrica e telecomunicações são bens e serviços
essenciais (e, portanto, estados não poderiam cobrar mais que 17% a 18% de
ICMS). Mas a decisão só passaria a valer em 2024, e o Congresso aproveitou o
PLP 18 para antecipar a medida para agora e incluir combustíveis, gás natural e
transporte coletivo entre os bens e serviços essenciais.
Agora RN
0 Comentários
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do Portal Rafael Fernandes.