O Rio Grande do Norte é o estado
mais avançado na realização do Censo Demográfico de 2022, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística. O primeiro balanço da pesquisa foi
divulgado nesta terça-feira (30), com dados coletados até esta segunda-feira
(29).
O RN é o estado com mais setores
em que o Censo começou a ser feito ou está concluído. Dos 5.972 setores do
território potiguar, em 3.165 os recenseadores, no mínimo, iniciaram a mais
importante pesquisa. Isso representa mais da metade (53%) dos setores do
estado.
Pernambuco (52,45%) e Distrito
Federal (52,04%) seguem logo atrás do Rio Grande do Norte. Os setores
censitários são pequenas divisões do território, que facilitam a execução de
pesquisas estatísticas. Cada recenseador trabalha em um setor por vez.
Em 29 dias de operação, 1.390.160
pessoas de 474.279 domicílios foram recenseadas em terras potiguares. Em
472.836 domicílios, a coleta do Censo foi presencial. Em outros 568, a
entrevista foi por telefone. A resposta pela internet ocorreu em 875
residências.
As respostas por internet e
telefone só são possíveis depois de um contato inicial com o recenseador, já
que esse profissional é responsável por agendar a entrevista por telefone e
repassar (por e-mail ou SMS) a senha para responder o questionário virtual.
Indígenas e quilombolas
A população indígena recenseada
nos primeiros 29 dias do Censo 2022 é de 4.527 pessoas no Rio Grande do Norte.
O balanço mostra também uma população quilombola de 4.833 pessoas.
As comunidades quilombolas já
eram recenseadas anteriormente, mas não havia a distinção em relação à
população em geral. Por isso, este ano o questionário do Censo pergunta: “você
se considera quilombola?”.
O quesito é aberto nos
dispositivos dos recenseadores que realizam a pesquisa nessas comunidades.
Assim, será possível traçar um perfil social e econômico desse recorte da
população pela primeira vez.
Para os povos indígenas, a maior
novidade é o questionário de abordagem com perguntas sobre infraestrutura,
educação, saúde e hábitos e práticas tradicionais. Esse questionário deve ser
respondido pela liderança local.
Os demais integrantes da comunidade
respondem o questionário desenvolvido para os domicílios com particularidades
para indígenas. No Rio Grande do Norte, o IBGE preparou 38 profissionais para
recensear os povos e comunidades tradicionais.
Recusas
O percentual de recusas em
responder a pesquisa está em 1,5% no Rio Grande do Norte. Esse número é menor
que a média da região Nordeste (1,8%) e do Brasil (2,3%).
Para convencer a população da importância de responder o Censo 2022, os recenseadores estão orientados a retornar três vezes aos domicílios resistentes ou vazios na hora da visita.
Caso o morador não seja convencido a dar a entrevista, o supervisor fará uma visita. Em último caso, o morador resistente receberá uma carta sobre a obrigatoriedade da prestação de informações estatísticas conforme a Lei Federal 5.534/68.
Para que serve o Censo?
O Censo Demográfico é a única
pesquisa que vai à casa de todos os brasileiros. O objetivo não é apenas a
contagem da população, mas coletar dados essenciais sobre educação, condições
de moradia, cor ou raça, trabalho e renda e outros temas.
Os resultados são apresentados,
por exemplo, em nível municipal e de bairro. Dessa forma, é possível observar
como o perfil da população e as suas necessidades mudam no decorrer do tempo.
Os resultados podem orientar
gestores de políticas públicas, guiar a tomada de decisão em negócios e servir
de instrumento para o exercício da cidadania.
Além disso, o Censo é usado
calibrar as amostras das demais pesquisas domiciliares do IBGE e fornecer
insumos a institutos de pesquisa independentes e a acadêmicos.
Balanço do Censo 2022 no RN até
29 de agosto
1.390.160 pessoas recenseadas
474.279 domicílios recenseados
4.527 pessoas indígenas
4.833 pessoas quilombolas
53% dos setores trabalhados
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