A Companhia Nacional de
Abastecimento (Conab) reduziu a previsão da safra de grãos brasileira 2022/23
de 312,2 milhões para 310,9 milhões de toneladas. Os dados constam do 4º
Levantamento da Safra de Grãos 2022/2023, divulgado nesta quinta-feira 12. De
acordo com a companhia, a revisão se deu em razão do clima adverso em algumas
regiões produtoras, em especial no Rio Grande do Sul, que impactou a
produtividade principalmente de milho e soja.
Segundo a Conab, “o clima
adverso, com excesso de chuvas e baixas temperaturas, atrasou a semeadura dos
grãos em parte dos estados das regiões Sul e Sudeste. Além disso, também houve
restrições hídricas, aliadas à baixa umidade do solo em parte da Região
Centro-Oeste e na região do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão,
Tocantins, Piauí e Bahia”.
“Isso significa uma redução de 0,4% em relação ao anúncio passado, que foi em dezembro, em decorrência principalmente da redução da produção da produtividade do milho primeira safra e da soja, causada pela restrição hídrica no Rio Grande do Sul”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro.
Entretanto, o levantamento mostra que a soja, o principal produto cultivado no país, está com o plantio próximo da conclusão, com expectativa de produção para a oleaginosa em 152,7 milhões de toneladas, 22,2% superior à da safra 2021/22. A Conab disse que o plantio do milho primeira safra está na reta final, restando apenas áreas no Rio Grande do Sul e no Matopiba para concluírem as operações.
“As condições climáticas variaram
nas regiões produtoras, com excesso de precipitações em Goiás e Minas Gerais, e
baixos volumes ou mesmo ausência de chuvas no Maranhão e no sul do Brasil. A
produção prevista para este ciclo é de 26,46 milhões de toneladas, 5,7%
superior ao obtido na temporada passada”, disse a companhia.
Para o arroz, a Conab prevê uma redução de área de 9,3%, estimada em 1,5 milhão de hectares, com previsão de produção de 10,4 milhões de toneladas. Também é esperado uma queda de 1,8% na área total prevista a ser semeada de feijão. Já a colheita somando as três safras do produto pode chegar a 2,96 milhões de toneladas.
Dentre as culturas de inverno, o destaque ficou para o trigo, que teve a colheita encerrada. A produção do cereal atingiu um novo recorde, estimada em 9,8 milhões de toneladas, volume 27,2% acima quando comparado à safra passada. O resultado é influenciado tanto pelo crescimento da área quanto pelas boas condições climáticas.
G1 RN
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