Servidores do Departamento Estadual
de Trânsito (Detran) do Rio Grande do Norte entraram em greve por tempo
indeterminado na manhã desta quarta-feira (5). Os trabalhadores reivindicam
reposição de perdas salariais e realização de concurso público.
A deflagração da greve causou suspensão de serviços, segundo o sindicato que representa a categoria.
"São serviços de registro de veículo, que envolvem vistoria, auditoria, emissão. E os serviços de habilitação, também o de educação para o trânsito. A orientação que a gente está fazendo é o reagendamento. A greve foi anunciada na semana passada, a gente tem nossa data-base que é garantida por lei, inclusive com garantia do reajuste também, mas o governo vem negligenciando isso", afirma Alexandre Guedes, representante do sindicato.
Procurada, a direção do órgão
informou que ainda levanta quais são os tipos de atendimento afetados. O Detran
também não respondeu perguntas sobre as reivindicações dos servidores até a
última atualização desta matéria.
Na manhã desta quarta (5),
usuários com agendamento na sede do órgão, na Zona Oeste de Natal, aguardavam
na entrada do setor de vistoria para saber se seriam atendidos ou não.
Alguns deles são de cidades do interior do estado e viajaram à capital para serem atendidos. Caso do pedreiro Erinaldo Teixeira, que viajou de Touros a Natal.
"Vim de Touros para cá para fazer a vistoria. Cheguei aqui, e estava a greve. O que posso fazer? Só prejuízo. Vim gastando de lá para cá, entre R$ 120 e R$ 150 de combustível", disse.
O autônomo Manoel Francisco
marcou atendimento para às 8h30, mas encontrou o portão fechado. "Estou
esperando a resposta do chefe da vistoria, se vai ser realizado ou não. Vai me
afetar porque vai me deixar parado, sem trabalhar. Um dia de trabalho perdido,
ficar aqui esperando", considerou.
A decisão pela paralização foi tomada durante assembleia realizada no dia 28 de junho. Segundo o sindicato, além da reposição das perdas salariais e a realização de concurso público, a categoria cobra a implementação de um programa de incentivo à qualificação e auxílio alimentação.
Segundo o Sindicato dos Servidores da Administração Indireta do Estado (Sinai) desde março, mês da data-base da categoria, foram realizadas audiências com o governo, que não tiveram resultado.
G1 RN
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