Com a chegada do fim de janeiro,
o retorno à sala de aula já se torna um pensamento frequente para os alunos.
Mas, atrelado a isso, também é o momento em que os pais e responsáveis embarcam
na busca por material escolar. Neste período, as lojas, tanto físicas quanto online,
tornam-se palco de uma movimentada temporada de compras.
Com isso, surge a tarefa
desafiadora de encontrar não apenas os itens essenciais exigidos pelas escolas,
mas também atender aos gostos e preferências individuais dos estudantes. Para
os pais, a busca por qualidade, durabilidade e, principalmente, preços
acessíveis são pontos fundamentais nas pesquisas prévias.
No entanto, assim como a busca pelos produtos aumenta nessa época, os valores têm tido um crescimento significativo nas prateleiras. Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-Natal) no final de dezembro, o preço dos itens que compõem a lista de material escolar dos estudantes (exceto livros) aumentou 18% em relação à pesquisa anterior.
Foram pesquisados no período de
26 a 29 de dezembro de 2023 os preços de 32 itens de papelaria. A partir disso,
o Procon registrou um aumento de R$ 33,57 em relação aos mesmos materiais
pesquisados anteriormente, ou seja, o preço médio passou para R$ 181,63, quando
na pesquisa anterior era de R$ 148,06.
Com o aumento do preço dos materiais, os pais têm buscado as melhores alternativas para comprarem produtos de qualidade, com preços acessíveis e que atendam ao gosto de seus filhos. O técnico eletricista de energias renováveis, Jório Júnior, compra material escolar para a filha desde 2016 e conta que, mesmo com a escola disponibilizando a lista de produtos, ele revisa para garantir que não haja excessos. “Ao comprar, minha intenção é adquirir o suficiente para todo o ano, embora ocasionalmente alguns itens possam ser reaproveitados no ano seguinte”, diz.
Além disso, uma das alternativas do técnico para esse período é sempre pesquisar antes de ir às compras para aproveitar promoções, lojas com valores mais acessíveis e mais opções de marcas. “Aproveito também as promoções online sempre que possível, busco estratégias para economizar dinheiro. Este ano, ao realizar as compras, observei um aumento nos preços em comparação aos anos anteriores, mas, em geral, ainda dentro das expectativas”.
Para envolver a filha no
processo, Jório costuma levá-la para as lojas. Entretanto, ele conversa com ela
sobre o que se pode ou não gastar para não comprar nada além do necessário.
“Embora ela se encante com as novidades das papelarias, estabelecemos juntos
limites claros. Focamos apenas nos itens essenciais. Essa abordagem ajuda a
evitar gastos desnecessários e proporciona uma experiência de compra mais
consciente”, relata.
Por outro lado, a secretária executiva Fernanda Beatriz, de 28 anos, afirma que na lista entregue pela escola de sua filha alguns itens solicitados não são necessários, como os de uso coletivo. Em relação ao material individual, ela percebe que costuma ser suficiente para todo o ano letivo. “Evita desperdício”, afirma.
Assim como Jório, Fernanda também faz pesquisas prévias para saber os melhores preços dos itens escolares, mas no fim, sempre vai às compras em uma loja específica e garante que o local sempre tem os melhores preços da cidade. Mesmo assim, ela comenta que percebe um aumento significativo dos preços em relação aos anos anteriores.
A secretária também leva a filha às compras, mas ressalta que a pequena ama os itens de papelaria. Por isso, ao irem à loja, ela sempre busca comparar os preços, mas principalmente, a qualidade dos materiais escolares de cada marca. Saio de casa já informando para ela que compraremos apenas o necessário, porém, não é fácil”, comenta.
Na rede municipal, apesar das matrículas começarem apenas em fevereiro, os pais já se preparam para comprar os itens solicitados pelas escolas. A boleira Deíse Costa mesmo ainda não tendo matriculado a filha na escola, já começou a pesquisar alguns itens essenciais e afirma ter percebido um aumento de preços muito grande nas lojas de papelaria. Dessa forma, ela conta que, para não faltar nada, faz uma poupança durante o ano para usar na compra do material escolar e no fardamento.
Ao contrário dos outros pais, Deíse prefere não levar a filha para escolher o material escolar. “Ao levá-la para a papelaria, acredito que ela seja naturalmente atraída por uma variedade de produtos, que podem ser mais caros. Além disso, a escolha pode se tornar um desafio, exige paciência. Isso me permite escolher com mais cuidado, pesquisar os melhores preços e garantir que os materiais adquiridos atendam tanto às suas necessidades quanto às minhas expectativas financeiras” conta.
AGORA RN
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