Policiais civis do Rio Grande do
Norte realizaram nesta quarta-feira 7 um protesto para cobrar do Governo do
Estado reajuste salarial, além da nomeação de novos agentes, escrivães e
delegados. De acordo com a categoria, cerca de 500 agentes participaram do ato,
que ocorreu na porta da Governadoria, no Centro Administrativo do Estado.
Depois da manifestação, os
policiais se reuniram com o secretário de Administração, Pedro Lopes, mas não
receberam resposta positiva para as pautas.
Com a negativa do secretário, a categoria decidiu suspender a realização de serviços extras, através de diárias operacionais.
Além disso, nesta quinta-feira 8,
haverá outra mobilização, desta vez com o fechamento de delegacias ao redor do
Estado.
“A partir desta quarta-feira, todo serviço extraordinário que é feito pelos policiais civis em caráter voluntário, através das diárias operacionais, será paralisado”, afirma o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol).
Nilton Arruda, presidente do Sinpol, explica que a categoria espera uma resposta do Governo do RN até a próxima sexta-feira 9. Caso isso não ocorra, também não haverá diárias operacionais durante o Carnaval.
“Infelizmente, o governo nos obriga a adotar esse posicionamento. Os policiais civis estão há cinco anos sem nenhuma valorização e, atualmente, amargam um dos piores salários das polícias civis do Brasil. Desde o ano passado, o Executivo vem enrolando a categoria e não avança nas negociações salariais. Por isso, cobramos uma resposta para agora e não para o mês que vem, como propôs o secretário de Administração do Estado, Pedro Lopes”, comenta Nilton Arruda.
Já nesta quinta-feira 8, a partir das 8h, os policiais civis voltam a protestar no Centro Administrativo e vão realizar um panelaço em frente à Governadoria.
“No ato de hoje, protocolamos um ofício cobrando resposta do Governo e informando sobre as deliberações. Amanhã, voltaremos para novamente buscar um posicionamento da governadora Fátima Bezerra. Vai depender dela se os policiais civis vão trabalhar ou não no Carnaval”, completa.
O Sinpol ressalta que, atualmente, devido ao baixo efetivo, a Polícia Civil tem muitas delegacias funcionando graças à voluntariedade dos servidores, que aceitam trabalhar além da carga horária estabelecida em lei em troca do recebimento de diárias operacionais.
“Sem a realização das diárias por parte dos policiais civis, a funcionalidade da PCRN estará comprometida, inclusive, a segurança pública e o atendimento à população serão afetados diretamente durante o Carnaval”, enfatiza o sindicato.
Secretário reconhece perdas, mas diz que Estado não tem como atender demandas
Ao AGORA RN, o secretário de
Administração do Estado, Pedro Lopes, reconheceu que a categoria apresentou um
pleito legítimo de recomposição salarial, já que estão há quatro anos sem
reajuste. No entanto, afirmou que o Estado não tem condições de cumprir as reivindicações
devido à atual situação fiscal, decorrente da redução da alíquota modal do
ICMS, pela Assembleia Legislativa, no fim do ano passado.
AGORA RN
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