O desembargador Dilermando Mota,
do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), determinou nesta
quarta-feira 24 o encerramento da greve dos servidores da Polícia Civil e da
Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesed).
O magistrado determinou também
que, em caso de descumprimento, o sindicato da categoria (Sinpol) deverá pagar
multa diária de R$ 5 mil, limitada inicialmente a R$ 100 mil.
O desembargador Dilermando Mota,
do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), determinou nesta quarta-feira
24 o encerramento da greve dos servidores da Polícia Civil e da Secretaria
Estadual de Segurança Pública (Sesed).
O magistrado determinou também
que, em caso de descumprimento, o sindicato da categoria (Sinpol) deverá pagar
multa diária de R$ 5 mil, limitada inicialmente a R$ 100 mil.
Na decisão sobre o movimento dos
policiais civis, o desembargador escreveu: “Assentadas tais premissas, claras e
objetivas, e considerando que os documentos acostados aos autos, somados aos
fatos amplamente noticiados pela mídia local, dão conta da deflagração real do
movimento grevista e da efetiva paralisação de serviços públicos essenciais à
segurança pública, com delegacias fechadas e diárias operacionais simplesmente
não realizadas, compreendo que existe plausibilidade no pleito cautelar do ente
ministerial, mesmo destacando a sensibilidade deste julgador em torno das
reivindicações da categoria, potencialmente justas”.
Ainda segundo o desembargador, a
manutenção da greve “poderá gerar risco de prejuízos irreparáveis ou de difícil
reparação à sociedade local, intimamente relacionados a valores de índole
constitucional superior (segurança e ordem públicas)”.
Delegacias seguem fechadas, e
policiais buscam apoio político
Apesar da decisão judicial, a
categoria decidiu na noite desta quarta-feira 24 manter a paralisação. Eles
esperavam que o governo formalizasse uma nova proposta para reajuste salarial,
mas não houve avanço nas negociações.
“A luta seguirá firme até que a
governadora Fátima Bezerra tenha um gesto de reconhecimento aos policiais
civis. O que está sendo pedido é justo e, inclusive, o governo já concedeu para
outras categorias da Segurança Pública. Então, agora só falta a vontade
política da chefe do Executivo para encerrarmos esse movimento”, destaca Nilton
Arruda, presidente do Sinpol.
Sobre a decisão judicial, o
sindicato diz não ter sido notificado.
Delegacias
Segundo o diretor da Associação
dos Delegados de Polícia Civil do RN (Adepol-RN), delegado Júlio César,
atualmente, no Estado, só as delegacias de plantões estão funcionando. “Caso a
população precise de serviços, é necessário procurar as delegacias de plantões,
mas a gente está esperançoso de que o governo se sensibilize e resolva logo
essa situação, porque ninguém quer que isso permaneça”, relata o delegado.
Apoio político
Os presidentes das associações,
nesta quarta 24, estiveram na Assembleia Legislativa na procura de apoio de
parlamentares. E a classe espera que, com a chegada de Fátima de Brasília, o
cenário de paralisação seja resolvido definitivamente.
“No governo passado, só tivemos um aumento de 10%, enquanto outras forças policiais tiveram aumentos mais acentuados. Isso diante de uma inflação de mais de 53% nesse período. O que a gente busca é algo justo e vamos permanecer com a mobilização se o governo não resolver em definitiva essa situação”, afirma Júlio.
A categoria reafirmou nesta quarta-feira, ainda, que concorda com reajuste de 10% em 2025.
AGORA RN
0 Comentários
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do Portal Rafael Fernandes.