O Governo do Rio Grande do Norte
está oferecendo R$ 10 mil em recompensa por informações que levem aos detentos
Gustavo da Rocha Dias, de 30 anos, e Ricardo Campelo da Silva, de 43 anos, que
fugiram da Penitenciária Estadual Rogério Coutinho Madruga, localizada no
Complexo de Alcaçuz, em Nísia Floresta, nesta terça-feira 30. Para informações
sobre cada um dos foragidos, a oferta de recompensa é de R$ 5 mil.
Foi a primeira fuga no presídio
desde julho de 2021. Desta vez, os presos escaparam enquanto estavam
trabalhando. A fuga ocorreu por volta de 12h. Os detentos aproveitaram a falta
de vigilância dos agentes penitenciários e conseguiram escapar.
A presidente do Sindicato dos
Policiais Penais, Vilma Batista, afirmou que um agente precisou sair e trancou
os detentos em uma oficina, mas os presos conseguiram fugir devido ao acesso a
ferramentas.
Os relatórios do 3º BPM indicam
que tanto Rogério quanto Gustavo eram considerados de baixa periculosidade, com
histórico de boa conduta dentro do presídio. No entanto, Gustavo seria afiliado
a uma facção criminosa localizada e operante no Rio Grande do Norte.
“Esses dois detentos tem
liberdade para trabalhar há mais de dois anos para a remissão da pena. É
diferente do preso do presídio federal que estava no regime fechado dentro de
um xadrez, ele arrombou aquele xadrez e fugiu. Eles aproveitaram a
oportunidade, por alguém não estar controlando eles diretamente, e se
evadiram”, disse o secretário de Segurança Pública, coronel Araújo Silva, em entrevista
à 98 FM na noite de terça 30.
Ainda de acordo com o secretário,
os fugitivos tinham um histórico de bom comportamento. Segundo o coronel ainda
está sendo apurado como se deu a fuga. “Está sendo verificado porque no momento
[da fuga] eles não estavam sob vigilância”, disse o secretário.
Imagens de uma câmera de
segurança instalada em uma casa mostram os dois detentos fugindo de bicicleta.
As imagens foram gravadas por volta de 12h20, em uma casa que fica nas
imediações do presídio.
PROTESTO
A fuga aconteceu horas
depois de familiares de presos realizarem um protesto em frente à Governadoria
do Estado, no Centro Administrativo, cobrando melhores condições para os
detentos.
O ato foi realizado por um grupo
de cerca de 20 pessoas, que levaram cartazes e faixas com frases como “Preso
tem família” e “Chega de opressão no sistema prisional”.
De acordo com os parentes, os
presos estão sendo submetidos a condições degradantes nos presídios potiguares.
Eles reclamam de alimentação precária e falta de acesso a medicamentos e
materiais de higiene.
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