Uma portaria do Ministério da
Agricultura e Agropecuária (Mapa), publicada nesta quinta-feira (2), mudou o
status do Rio Grande do Norte para um estado livre da Febre Aftosa sem
vacinação. A medida foi celebrada por gestores e produtores rurais locais.
Com o reconhecimento, o Rio Grande do Norte passa a compor a lista de estados que, a partir do próximo semestre, não dependerão mais de campanhas de vacinação contra a doença, porque seu rebanho bovino e bubalino alcançou um número significativo de animais imunizados.
Segundo o titular da Secretaria Estadual de Agricultura Pecuária e Pesca, Guilherme Saldanha, o RN possui um rebanho de qualidade, embora pequeno, quando comparado a outros estados. Com o status de livre da aftosa, os produtores locais têm maior facilidade de transporte dos animais dentro do país e até mesmo para exportação.
“No dia 1º de maio, na maior
exposição de gado Zebu do Brasil, animais do RN foram vencedores em várias
categorias, entre várias raças. Sem esse reconhecimento do Mapa, esses animais
ficariam proibidos de serem transportados do nosso estado para outros estados
do país. O momento agora é de celebrar o que essa portaria vai proporcionar de
avanço econômico para pequenos, médios e grandes criadores ”, comemorou
Saldanha.
Para o diretor geral do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn), Mário Manso, a portaria do Mapa terá benéficos em diferentes escalas e valorização a produção local.
“Já não registramos casos de febre aftosa no RN há mais de 20 anos. No entanto, a vacinação semestral era obrigatória para manter esse reconhecimento de área livre da doença. A mudança desse status para uma área livre sem vacinação valoriza a produção agropecuária e abre portas para novos mercados, nacionais e internacionais, equiparando o Rio Grande do Norte a outros estados que já possuíam o selo e nos tornando fornecedores de produtos de origem animal”, reforçou.
Para os produtores rurais, também existe a vantagem econômica, em não precisar mais comprar a vacina e pagar mão de obra especializada para a aplicação.
Declaração dos animais vacinados
Apesar do reconhecimento, o governo do Rio Grande do Norte informou que os animais vacinados em abril devem ser declarados até o dia 15 de maio, em qualquer escritório Idiarn, Emater ou nas secretarias de agricultura dos municípios.
Segundo o governo, a declaração é requisito essencial para que o selo seja validado pela Organização Mundial de Saúde Animal e, assim, o Brasil seja considerado um país livre da Febre Aftosa sem vacinação por inteiro.
Com o fim da última imunização contra febre aftosa para o Rio Grande do Norte, outros 11 estados e parte do Amazonas, o Brasil se autodeclarou totalmente livre da febre amarela sem vacinação, nesta quinta-feira (2).
O Brasil prevê apresentar o pleito ao reconhecimento para à Organização Mundial de Saúde Animal em agosto de 2024. Já o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025, durante assembleia geral da entidade.
G1 RN
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