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Obra da engorda de Ponta Negra é retomada um dia após decreto de emergência por avanço do mar


 


A obra de engorda de Ponta Negra, em Natal, foi retomada neste sábado (22). A informação foi confirmada pela Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Seinfra). O reinício da obra acontece um dia após a publicação de decreto emergencial por conta do avanço do mar na área.

Segundo Carlson Gomes, titular da Seinfra, "a obra foi retomada dentro do decreto emergencial". O secretário não informou se foi encontrada uma nova jazida para a obra e disse apenas que a prefeitura vai detalhar a situação nesta segunda-feira em uma entrevista coletiva.

A obra da engorda estava paralisada desde o dia 3 de setembro, após a Funpec, contratada pelo município, ter identificado cascalho nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado.

A retomada da obra aguardava a conclusão de um novo estudo (o terceiro em nove anos) no local, para garantir que a areia retirada era própria para a obra. Contudo, o município não confirma se o estudo foi finalizado.

Decreto de emergência

O documento publicado na última sexta-feira (20) institui estado de emergência na capital por conta dos agravamentos provocados pelo avanço do mar em Ponta Negra e na Via Costeira.

Segundo o município, o documento também visa tomar medidas para frear o avanço do mar sobre as estruturas urbanas até que a obra de engorda seja totalmente finalizada.

Com o decreto, ainda segundo o município, o objetivo também passa por garantir medidas para proteger as pessoas "que ainda se arriscam frequentando a área próxima ao Morro do Careca, mesmo com a interdição do local".

A decisão se deu em uma reunião do comitê de crise para enfrentamento de desastres naturais após hoteleiros terem pedido medidas urgentes em função dos estragos que o avanço do mar causou em estruturas de contenção.

O avanço do mar destruiu dissipadores de drenagens em trecho de hotéis em hotéis e aumentou o processo erosivo do Morro do Careca, principal cartão-postal da cidade, segundo relatório da Defesa Civil.


Fonte: G1 RN

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