Falecido na madrugada desta
segunda-feira (21), aos 88 anos, o Papa Francisco não chegou a realizar uma
visita ao Rio Grande do Norte. Mas, mesmo à distância, o pontífice esteve
próximo do povo potiguar, com decisões administrativas e gestos de atenção pastoral
e afeto humano, deixando seu legado vivo na memória da igreja católica do Rio
Grande do Norte. Em homenagem à sua partida e legado, será celebrada missa na
Catedral Metropolitana de Natal, no bairro Tirol, às 16h30 desta segunda.
Entre as suas ações para à terra
potiguar, o Papa canonizou, em 2017, os Mártires de Cunhaú e Uruaçu,
elevando-os ao status de santos da Igreja Católica. Os protomártires do Brasil,
como são conhecidos, foram mortos no século XVII em episódios de perseguição
religiosa no território potiguar. A canonização foi um marco para a fé
nordestina e reconheceu a importância histórica e espiritual desses mártires
para a Igreja no Brasil.
Em 2020, Francisco concedeu à
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Guia, em Acari, o título de Basílica Menor, a
primeira do estado com essa distinção. O reconhecimento simboliza a relevância
espiritual e arquitetônica do templo, e reforça o prestígio da comunidade local
no cenário eclesial brasileiro.
O Papa também promoveu nomes
potiguares a posições de destaque. Em 2022, nomeou o padre Flávio José de
Medeiros Filho, natural do Rio Grande do Norte, como cônego da Basílica de São
Pedro, no Vaticano — um dos cargos mais importantes na Igreja global. Flávio
também é responsável por manter proximidade entre o estado e o Papa, sendo um
dos principais interlocutores locais com a Santa Sé.
Em sua missão pastoral, Francisco
também nomeou os três atuais bispos das dioceses potiguares:
Dom Francisco de Sales, para a
Diocese de Mossoró (2023);
Dom João Santos Cardoso, como
arcebispo de Natal (2023);
E Dom Antônio Ranis Rosendo dos
Santos, para a Diocese de Caicó (2025).
Além das decisões institucionais,
o Papa teve um gesto afetuoso e comovente durante a pandemia de Covid-19. Em
maio de 2021, escreveu uma carta de próprio punho ao padre Matias Soares, da
Paróquia de Mirassol, em Natal, que enfrentava uma grave internação em
decorrência da doença. A mensagem foi enviada após o Papa saber da situação por
meio do padre Flávio Medeiros. Foi a segunda carta escrita por Francisco ao
padre Matias, demonstrando atenção pessoal e solidariedade com os fiéis
potiguares.
Fonte: Tribuna do Norte
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