O nível das bacias hidrográficas
do Rio Grande do Norte está 24% menor em 2025 em comparação ao mesmo período de
2024 – uma queda de 18 pontos percentuais, passando de 75% para 57% da
capacidade. Os dados são da Emparn e consideram o mês de maio como marco,
quando se encerram os meses de chuva no interior. Por conta do baixo nível dos
reservatórios potiguares, principalmente nas regiões Oeste e Central, poderá
haver dificuldade no abastecimento no segundo semestre, quando o clima é mais
seco. As secretarias de Recursos Hídricos, Agricultura e Assistência Social do
Rio Grande do Norte devem se reunir na próxima semana para discutir os
principais dados que vão embasar um plano de convivência com a estiagem no
Estado.
De acordo com a Secretaria de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh), responsável por coordenar
o planejamento, a ideia é que sejam pensadas ações preventivas diante da
recarga baixa dos açudes potiguares. A pasta reforçou, contudo, que somente a
partir do próximo encontro será possível esclarecer informações mais precisas
sobre a iniciativa.
A discussão do plano teve início na última terça-feira (13), após os resultados da quadra chuvosa de 2025 apontarem que as chuvas nas regiões onde estão localizados os principais reservatórios públicos do Estado ficaram abaixo do previsto. Segundo dados da análise climática da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), no período de janeiro a abril/2025, choveu -15,7% do que era esperado na região Oeste e -16,7% na região Central.
O meteorologista da Emparn, Gilmar Bristrot, esclarece que os primeiros quatro meses do ano geralmente são marcados por chuvas e a redução desse ano foi significativa. “Há um déficit acumulado e isso fez com que houvesse dificuldade na agricultura e também no armazenamento de água. Os principais reservatórios do estado estão localizados na região Central e Oeste, então vai haver uma dificuldade no segundo semestre do ano, que é um semestre seco”, complementa.
Em relação ao percentual de volume das barragens, o meteorologista esclarece que a Emparn realiza uma análise por bacias. Na bacia Apodi-Mossoró, que contempla os açudes da região do Alto Oeste e o de Santa Cruz, por exemplo, o percentual atual é de 63%. A Bacia do Piranhas-Açu, que agrega a barragem Armando Gonçalves, está com quase 55%.
Fonte: Tribuna do Norte
0 Comentários
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do Portal Rafael Fernandes.