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Na segunda-feira (18), Matheus
Faustino (União Brasil), vereador de Natal, capital do Rio Grande do Norte,
protocolou um pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT).
Nesta terça-feira (19), por 23 votos a três, a Câmara de Natal aprovou a
abertura do processo de cassação.
Faustino acusa Brisa de uso de
emendas parlamentares para “autopromoção e questões politicas”. O caso em
questão envolve a festa ‘Rolé Vermelho’, divulgada pela vereadora desde o dia
18 de julho, data em que a PF (Polícia Federal) fez uma operação contra o
ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL).
À CNN, Faustino alega que os banners do evento levavam no subtítulo a frase ‘Bolsonaro na cadeia’, configurando como uma festa político-partidária. “Cada vereador tem R$ 1 milhão em emendas, fora o salário, se a gente banaliza esse uso, vamos abrir precedentes muito duros na casa”.
Em entrevista à CNN, a vereadora
Brisa afirmou que o evento foi planejado e divulgado dias antes da decisão do
ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou a prisão domiciliar de
Jair Bolsonaro. Segundo ela, a iniciativa não teve como objetivo comemorar a
decisão judicial, embora tenha ocorrido, por coincidência, no dia 9 de agosto —
mesma semana em que a medida foi decretada.
A festa ocorreu na Casa Vermelha. Nas redes sociais, o local é definido como um “espaço político-cultural no centro da cidade do Natal”. No pedido de cassação, no qual a CNN teve acesso, Faustino se refere à Casa como um “espaço vinculado a grupos ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT)”.
“A festa não teve organização do PT. O evento não era do mandato, mas o mandato apoiou. Isso é prática de perseguição politica. Esse é o mesmo vereador que já me desrespeitou em plenário, que não queria me chamar pelo nome, queria me colocar apelido de ‘franjinha’”, relata Brisa à CNN.
Brisa está no segundo mandato na Câmara Municipal de Natal e foi a mulher mais jovem da história da capital eleita para a Câmara de Vereadores, com 22 anos.
No pedido de cassação, Faustino
alega que Brisa destinou R$ 18 mil de emenda impositiva à festa. Desses, R$ 15
mil foram pagos à cantora Khrystal e banda; R$ 2.500,00 à banda Skarimbó; e R$
500,00 ao DJ Augusto.
“Além disso, o mesmo evento contou com R$ 31 mil destinados pela ex-vereadora Ana Paula (Solidariedade) para contratação da cantora Tanda Macedo, elevando os gastos totais da festa a R$ 49 mil”, segundo consta no pedido de cassação.
À CNN, Brisa conta que os artistas envolvidos abriram mão desses pagamentos. “Se o objeto da cassação era a destinação de recurso público para isso, o objeto deixou de existir. O pagamento não foi feito”.
Faustino explica ainda que foram apresentados dois pedidos: a abertura de processo de cassação e o processo ético-parlamentar. “Mesmo que Brisa não seja cassada, ainda sim, ela corre o risco de uma suspensão”, afirma o vereador do União Brasil.
Fonte: CNN BRASIL
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