Cerca de 400 servidores da saúde aprovaram a continuidade da greve estadual da saúde, que completa oito dias. Eles farão uma caravana à Mossoró, na terça-feira, para paralisar as atividades no Hospital Tarcísio Maia e aprovaram uma passeata unificada com os policiais civis e os professores, para o final da semana que vem, até a Governadoria.
Os servidores responderam ao pedido de suspensão da greve, feito pelo governo estadual, com uma contraproposta. “O governo nos ofereceu a devolução do que nos havia tirado em julho. Mas nós não entramos em greve por isso. Isso nem estava na pauta. É obrigação” afirma Simone Dutra, coordenadora-geral do Sindsaúde-RN.
Além desta devolução prevista para agosto, o governo ofereceu uma comissão para “avaliar e corrigir distorções” do Plano de Cargos, em 45 dias. “Essa comissão é importante, mas não dá pra sair da greve com isso. Até porque durante três meses eles não nos receberam. A negociação só ocorreu depois que a greve começou”, afirma Simone Dutra.
Os servidores apresentaram uma contra-proposta, com cinco pontos para cumprimento imediato, enquanto se negocia a pauta completa. Eles exigem devolução imediata do que foi tomado em julho; aplicação da tabela salarial calculada pelo DIEESE; Pagamento dos 22% aos aposentados, como os demais; convocação imediata de 380 concursados e manutenção da comissão criada para rever o PCCR.
O Sindicato vai comunicar ao governo a decisão. “Esperamos que atenda estes pontos. Além do salário, estamos exigindo a convocação dos concursados. Não dá pra ficar com um técnico de enfermagem cuidando de 17 pessoas. Isso é assim todos os dias, não só na greve”, afirma Simone.
Fonte: Blog do JP.
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