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Distrito de Cachoeira do Sapo, Riachuelo, RN (Foto: Alex Pereira de Melo ) |
Depois das chuvas ocorridas o início deste ano, os
reservatórios de água do Rio Grande do Norte atingiram neste mês de maio uma
recarga de 31,45% em seus volumes. Segundo o Instituto de Gestão das Águas
(Igarn), a média está dentro da estipulada pelo órgão, após estudos que foram
feitos nas barragens e açudes do estado potiguar.
“Estipulamos que, caso continuasse
chovendo, teríamos em maio uma recarga de 40 a 40 por cento no volume desses
reservatórios”, reforça Josivan Cardoso, diretor do Igarn.
O Relatório da Situação Volumétrica
divulgado nesta terça-feira (8) demonstra que as reservas hídricas totais já
atingem 1.385.100.815 m³, o que corresponde a 31,45% dos 4,404 bilhões que o
Rio Grande do Norte acumula no total das suas reservas hídricas superficiais
monitorados (47, ao todo).
Durante o período de chuvas deste ano, 8
reservatórios já chegaram aos 100% de armazenamento de águas. São eles: Riacho
da Cruz II; Apanha Peixe e Santo Antônio de Caraúbas, ambos localizados em
Caraúbas; Encanto; Brejo, localizado em Olho D’água dos Borges; Beldroega, em
Paraú; Pataxó, em Ipanguaçu; e Mendubim, em Assú. Outros reservatórios como o
Rodeador, localizado em Umarizal, já com 97% do seu voluma máximo, estão
próximos de sangrar.
Atualmente, de acordo com o Igarn, sete
reservatórios ainda estão em volume morto. No mesmo período de 2017, os
mananciais nesta condição eram 18. Em termos percentuais, nesta segunda-feira
(7) 14,89% dos açudes monitorados ainda estão em volume crítico. No mesmo
período do ano passado este percentual era de 38,29%. Os dados são todos do
Instituto.
Já os reservatórios ainda secos em todo o
estado nesta semana são 2, que correspondem a 4,25% do total de reservatórios
monitorados. Em 2017 os mananciais secos eram 11, percentualmente o número
representava 23,40% dos açudes monitorados pelo Igarn.
Com relação aos três maiores mananciais do
estado, a barragem Armando Ribeiro Gonçalves, com capacidade para 2,4 bilhões
de metros cúbicos, está com 705,762 milhões de metros cúbicos, que correspondem
a 29,41% da sua capacidade total. No ano passado o reservatório acumulava, no
mesmo período, 457,425 milhões de metros cúbicos, em termos percentuais, 19,06%
do total que consegue acumular.
O reservatório Santa Cruz do Apodi, atualmente, está com 176.660.840 milhões de
metros cúbicos, correspondentes a 29,46% do seu volume total, que é de 599,712
milhões de metros cúbicos. Em 2017, no mesmo período, a barragem estava com
130,425 milhões de metros cúbicos, 21,75% da sua capacidade total de
acumulação.
O reservatório Umari, em Upanema, está com
137.487.909 milhões de metros cúbicos, 46,95% do volume total, que é de 292,813
milhões de metros cúbicos. No ano passado o açude estava com 68,171 milhões de
metros cúbicos, em termos percentuais 23,28% da sua capacidade total.
Com relação aos demais reservatórios
monitorados, o açude Marcelino Vieira, que atualmente está acumulando 9,775
milhões de metros cúbicos, ou 87,28% da sua capacidade total, no mesmo período
de 2017 estava seco. O açude Pau dos ferros, com 5,579 milhões de metros
cúbicos, em termos percentuais 12% da sua capacidade, que é de 54,846 milhões
de metros cúbicos e o açude Flechas, localizado em José da Penha, e que já
acumula 3,708 milhões de metros cúbicos correspondentes a 41,44% da sua capacidade
total, que é de 8,949 milhões de metros cúbicos, eram outros mananciais secos
no ano passado.
Outros reservatórios como o açude
Passagem, localizado em Rodolfo Fernandes, que está acumulando 6,574 milhões de
metros cúbicos, ou 79,46% da sua capacidade total que é de 8,273 milhões de
metros cúbicos, estavam no mesmo período de 2017, em volume morto. Este
manancial, por exemplo, estava com apenas 1.016 milhão de metros cúbicos,
12,28% do total que pode acumular.
O açude Tourão, localizado em Patu, era
outro reservatório em volume morto no início de maio do ano passado com,
apenas, 4,03% da sua capacidade total, que é de 7,985 milhões de metros
cúbicos. Este ano o reservatório já está com 60,65% de sua capacidade total. O
Itans, localizado em Caicó, embora ainda esteja somente com 9,03% de sua
capacidade total que é de 81,750 milhões de metros cúbicos, já saiu do volume
morto.
Dos poucos casos de reservatórios que se encontram em situação pior que a de
2017, está o reservatório Marechal Dutra, também conhecido como Gargalheiras,
em Acari, que está com apenas 0,10% da sua capacidade total, que é de 44,421
milhões de metros cúbicos. Outro açude na mesma condição é o Dourado, em
Currais Novos, que está seco e no ano passado estava com 10% de sua capacidade.
Com relação aos totais acumulados por
bacia hidrográfica, a Apodi/Mossoró está com 423,034 milhões de metros cúbicos,
o que corresponde a 38,10% da sua capacidade hídrica superficial total. Já a
Bacia Piranhas/Açu está com 910,020 milhões de m³, 30,67% do seu volume total
superficial. No mesmo período as bacias acumulavam os seguintes percentuais,
18,99% e 19,07%, respectivamente. O total das reservas hídricas estaduais que
atualmente está em 31,45% no mesmo período de 2017 era de 17,98%.
Ainda de acordo com o Igarn, como a quadra
chuvosa no interior do Rio Grande do Norte, historicamente, só termina no final
de maio, a tendência é que os reservatórios continuem recebendo recargas até o
final do mês.
G1 RN
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