Business

Auxílio emergencial poderá ser mantido após pandemia, diz secretário



Alguns programas adotados durante a crise, como o auxílio emergencial, poderão ser mantidos mesmo após a pandemia, disse nesta segunda-feira o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos da Costa.

Em live realizada pelo banco BTG Pactual, Costa informou que o governo analisa se as medidas deverão ser temporárias, conforme planejado, ou se é o caso de fazer uma transição para uma nova estrutura econômica.

“Não podemos virar a chave e desligar tudo de uma hora para outra”, disse, referindo-se ao segundo semestre deste ano.

O auxílio emergencial é “extremamente liberal”, afirmou o secretário, na linha do Imposto de Renda negativo. No entanto, se o benefício permanecer, é necessário estudar como mantê-lo. Pode ser feito um “phasing out”, de forma que os auxílios sejam desmontados à medida que entrarem em operação as medidas de recuperação econômica, explicou.

A continuidade não deverá ficar restrita ao auxílio emergencial, sinalizou. “Talvez alguns programas tenham vindo para ficar”, disse. Em outro momento, ele descreveu o “novo normal” da economia brasileira como um cenário em que há menos ônus sobre as empresas.

Costa informou que os financiamentos às microempresas poderão ser destravados nesta semana, com a sanção da lei que trata do tema. O governo fará aporte de R$ 15 bilhões no FGO, do Banco do Brasil, que poderá ser alavancado para até R$ 18 bilhões. O FGO cobrirá até 85% da primeira perda das instituições financeiras que emprestarem às micro e pequenas.

Para as médias, o secretário informou que será lançado o novo FGI, com outro nome, para garantir não só investimentos, mas também capital de giro. Serão aportados RF$ 20 bilhões.

A assessoria de imprensa do Ministério da Economia informou que o ministro Paulo Guedes terá às 18h30 uma videoconferência com os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, do BNDES, Gustavo Montezano, e do Banco do Brasil, Rubem Novaes.

Costa também estará presente, assim como o secretário de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, Salim Mattar. 


Valor Econômico

Postar um comentário

0 Comentários