O governo brasileiro envia nesta
quarta-feira (12) uma aeronave KC-390 Millenium, da Força Aérea Brasileira, que
decola do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, com 5,5 toneladas
de medicamentos, insumos e equipamentos médico-hospitalares e alimentos.
Inicialmente, o Itamaraty havia informado que o voo sairia nesta segunda-feira (10), mas a assessoria do Ministério da Defesa informou posteriormente a mudança da decolagem do voo por "questão de logística."
O avião vai transportar material que foi doado pelo Ministério da Saúde, além de medicamentos e alimentos, que foram oferecidos pela comunidade de origem libanesa radicada no Brasil.
O presidente Jair Bolsonaro disse ainda que convidou para chefiar a missão brasileira que irá a Beirute o ex-presidente Michel Temer, que é filho de libaneses. Não ficou claro se Temer seguirá neste voo ou se irá ao Líbano em outra data.
Em nota divulgada à imprensa mais tarde neste domingo, Temer disse estar honrado com o convite feito por Bolsonaro para chefiar a missão humanitária do Brasil no Líbano.
"Quando o ato for publicado no Diário Oficial serão tomadas as medidas necessárias para viabilizar a tarefa", diz a nota do ex-presidente.
Segundo nota do Itamaraty, o Ministério da Saúde doou quatro "kits" de atendimento a desastres que contém medicamentos e insumos básicos de saúde capazes de prover assistência emergencial para até 40 mil pessoas, por até um mês.
Ainda de acordo com nota do governo, "mesmo em meio à pandemia, também foi possível ao Brasil enviar ao Líbano 300 ventiladores pulmonares e 100 mil máscaras cirúrgicas. Além disso, o Brasil oferecerá reforço para o atendimento das vítimas, por meio de 16 médicos, entre ortopedistas e anestesistas. Cada kit desastre doado conta com medicamentos como antibióticos, corticoides, analgésicos e insumos como ataduras, seringas e cateteres."
Missão
Bolsonaro anunciou na manhã deste
domingo (9) uma missão de ajuda do governo brasileiro ao Líbano, cuja capital,
Beirute, foi atingida por uma forte explosão na semana passada, que deixou mais
de 150 mortos e 3 mil feridos.
O anúncio foi feito durante uma videoconferência internacional, transmitida pelas redes sociais de Bolsonaro, e que contou com a participação de outros chefes de estado, entre eles os presidentes do Líbano, Michel Aoun, da França, Emmanuel Macron, e dos EUA, Donald Trump.
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