O Rio Grande do Norte deverá
receber 54.900 doses de vacinas contra Covid-19 nesta quarta-feira (24),
segundo o secretário de saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia. De acordo
com o gestor, a informação foi confirmada por meio de uma nota técnica do
Ministério da Saúde emitida nesta terça-feira (23). Com a chegada dos
imunizantes, o estado deverá começar a vacinação de idosos a partir dos 80
anos.
Segundo Cipriano Maia, são
previstas 35.500 doses da vacina de Oxford, que deverão ser aplicadas em idosos
acima dos 80 anos e profissionais de saúde de alguns municípios, que ainda não
foram imunizados. Também será iniciada a vacinação de indígenas - cerca de 3
mil. O estado também deve receber 19.400 doses da CoronaVac, porém, como guarda
a segunda dose em estoque, pouco mais de 9,2 mil idosos deverão ser atendidos.
Após o Supremo Tribunal Federal
confirmar que estados e municípios podem adquirir vacinas, o secretário lembrou
que o estado já havia assinado um termo confirmando interesse pela compra
direta da CoronaVac ao Instituto Butatã e também participa de negociações dos
estados do Nordeste para tentar comprar a vacina Sputinik.
"Mas a nossa defesa continua
sendo a vacina para todos através do Plano Nacional de Imunização, com recursos
federais já alocados por medida provisória, para que não tenhamos esse
desequilíbrio entre regiões e municípios que têm mais recursos, prejudicando
segmento da população de regiões e estados mais pobres", afirmou em
entrevista ao Bom Dia RN, da Inter TV Cabugi.
O secretário ainda afirmou que a
autorização da compra por parte dos próprios estados foi resultado do atraso no
acesso às vacinas. "Esperamos que isso seja superado e mesmo que haja
aquisição de estados e municípios, haja alocação de recursos do Ministério da
Saúde para não criarmos desequilíbrio, porque o brasileiro tem direito ao
acesso à saúde em qualquer lugar do Brasil".
Questionado sobre a compra de
vacinas por meio do consórcio dos governos dos estados nordestinos, que pagou
por respiradores que não foram entregues, o secretário afirmou que a realidade
é diferente.
"Aquele foi um momento
particular, em que havia escassez de insumos e você tinha que pagar antecipado,
mas ficou o aprendizado. Os laboratórios não conhecidos nacionalmente e
internacionalmente. Não corremos esse risco no caso da vacinação", disse.
Leitos
Diante da pressão por leitos,
Cipriano afirmou que o estado deverá superar nesta semana o número máximos de
leitos para Covid-19 abertos no período da primeira onda da doença no estado,
no meio de 2020. Porém, ele considerou que todo o esforço por abertura de UTIs
não será suficiente se a população não adotar as medidas de prevenção.
"Estamos criando cerca de 60
leitos, mas todo o sistema de saúde tem seus limites, não podemos criar leitos
do dia para a noite. É necessário pessoal, insumos, esforços, e tudo isso tem
limite. Não é a expansão de leitos que resolve o problema, porque muitas
pessoas podem ter um leito e ainda assim não salvar a vida. O que salva vida é
evitar contaminação e a infecção. E isso se faz com as medidas restritivas e o
isolamento social que temos recomendado", declarou.
0 Comentários
Sua opinião é importante! Este espaço tem como objetivo dar a você leitor, oportunidade para que você possa expressar sua opiniões de forma correta e clara sobre o fato abordado nesta página.
Salientamos, que as opiniões expostas neste espaço, não necessariamente condizem com a opinião do Portal Rafael Fernandes.