Com 871 pessoas internadas por
Covid-19, o Rio Grande do Norte registrou o maior número internações pela
doença, desde o início da pandemia, nesta quarta-feira (3). O boletim divulgado
pela Secretaria de Saúde do Estado aponta 464 pessoas em leitos de UTI e
semi-intensivos e 407 em leitos clínicos. Os dados são das redes pública e
privada.
Em 25 de fevereiro, estado
alcançou um recorde de 741 pacientes internados em leitos clínicos, UTIs e
semi-intensivos - mas o número já vinha sendo superado nos últimos dias, com
mais de 800 internados. Ao longo de todo o ano de 2020, o maior número de
pessoas internadas havia sido registrado em 28 de junho, quando o estado chegou
a ter 692 pessoas em leitos de todos os tipos.
O aumento de casos no Rio Grande
do Norte provocou uma pressão por leitos de Covid-19. Na manhã desta
quinta-feira (4), apesar de contar com 299 leitos críticos na rede pública, o
estado registrava uma taxa de ocupação de leitos acima de 93% e ainda contava
50 pacientes na fila de espera por apenas 18 leitos disponíveis.
Superlotação
Também manhã desta quinta-feira
(4), a Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), ligada à Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, informou que trabalha 20% acima de sua
capacidade de atendimento.
"Todos os leitos das
enfermarias, Unidades de Terapia Intensiva e destinados à covid-19 estão
ocupados, de modo que, temporariamente, não há condições de atendimento à novas
pacientes", informou a unidade, por meio de nota. "A enfermaria de
alto risco atualmente com 17 leitos, encontra-se com 50% acima de sua
capacidade. Por isso, é recomendável que as grávidas, portadora de Covid-19,
sejam encaminhadas para outras maternidades, já que estamos com 100% dos leitos
destinados à Covid-19, ocupados", acrescentou.
Medidas
Diante do quadro, o governo tenta
abrir novos leitos, mas o secretário estadual de Saúde, Cipriano Maia,
considera que não adianta abrir novos leitos se o número de casos também
continuar aumentando. Em entrevista ao Bom Dia RN, ele afirmou que o estado
deverá anunciar novas medidas de restrição para tentar conter o avanço das
contaminações e internações.
“Vivemos um momento trágico, um
momento triste, onde estamos vendo cada dia mais o sistema de saúde
superlotado, saturado, em muitas regiões, em muitos estados do país, e aqui não
seria diferente. Estamos abrindo leitos, mas essa abertura de leitos tem um
limite humano, de profissionais, e ainda de insumos, de equipamentos”.
No podcast O Assunto, o
jornalista potiguar Matheus Magalhães relatou o caso do próprio pai, que
precisou de um leito de UTI em Natal, mas só conseguiu atendimento em um
hospital militar de Recife.
G1 RN
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