As pegadas de dinossauros
descobertas no Rio Grande do Norte por pesquisadores da UFRN e de outras duas
instituições foram preservadas pela transformação de areia em pedra - um
processo geológico chamado de diagênese, segundo os especialistas. Elas foram
datas com cerca de 120 milhões de anos.
Coautora do artigo que divulgou a descoberta das pegadas, a professora Maria de Fátima Santos, da UFRN, explica que a preservação de fósseis dos animais depende que o material biológico seja rapidamente coberto, após a morte do animal.
Porém, no caso das pegadas, que são icnofósseis - vestígios indiretos da presença desses animais - ocorre justamente o contrário: foi preciso que o local em que os dinossauros pisaram ficasse exposto até os sedimentos se tornassem um arenito - tipo de rocha que é formada por areia.
"No caso dos vestígios indiretos, como a pegada, é interessante que quando o animal pise, aquele caminhar fique exposto, para que ele passe pelo processo de formação de rocha. Quando o animal pisou ali era um substrato mole, uma areia úmida, como areia da praia, e ele deixou uma marca funda", contou.
"Para ficar no estágio em
que ficou, essa marca passou por um processo de diagênese, que é a formação de
rocha, a partir da compactação, cimentação. Aquela areia endureceu até virar o
arenito (tipo de rocha) encontrado hoje", continuou.
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