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Obra de engorda de Ponta Negra segue paralisada após duas semanas


 


Paralisada há 15 dias, a obra de engorda da praia de Ponta Negra segue sem data definida para ser retomada. A Prefeitura de Natal aguarda o resultado de um laudo contratado pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) para se pronunciar.

Enquanto isso, a draga holandesa que vai atuar na engorda se reaproximou da orla e a tubulação voltou a ser instalada.

A obra foi paralisada no dia 3 de setembro, quatro dias após o início da execução, porque a equipe da Funpec identificou problemas nos sedimentos retirados do banco de areia licenciado, que fica a cerca de 7 quilômetros da costa de Natal, em frente ao Farol de Mãe Luiza.

De acordo com a Funpec, a areia retirada da jazida, que havia passado por estudos em 2015 e 2021, estava com cascalho, o que a deixaria imprópria para a obra.

O laudo que o município aguarda é, portanto, o terceiro estudo realizado no local em 9 anos. O intuito é avaliar se a areia do local tem condições de ser utilizada na engorda.

O prazo inicial para a conclusão do parecer era estimado de 7 a 10 dias - já esgotados.

Procurada pela reportagem da Inter TV Cabugi, a DTA Engenharia, empresa que venceu a licitação, afirmou que os comunicados estavam sendo feitos apenas pela Prefeitura de Natal.

Por sua vez, o município afirmou, que aguarda a conclusão do laudo e que só iria se posicionar após disso.

Como funciona a obra

A areia será tirada de um banco de areia localizado a cerca de 7 km da costa. Segundo a prefeitura de Natal, saindo em linha reta, a jazida ficaria de frente ao farol de Mãe Luiza.

Na obra de Ponta Negra, a equipe estima que vai usar 1 milhão de metros cúbicos de areia.

A draga é um navio com uma tubulação de sucção que é arrastada à medida que navega. Essa tubulação funciona como um aspirador, que suga a areia junto com a água do mar.

Após ser sugada, a areia fica armazenada em cisternas do navio, que possuem capacidade de 2800 metros cúbicos - o equivalente a 700 caminhões de areia com 4 metros cúbicos, cada. O excesso de água volta para o mar.

O navio se aproxima da praia, a cerca de 500 metros, e engata tubos que já ficam instalados ao longo do trecho que será aterrado.

Em seguida, o navio bombeia a areia junto com água para a praia.

A água com areia decanta na praia e equipamentos como escavadeiras espalham o material para conformar a praia de acordo com o projeto.


G1 RN

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