A Câmara Municipal de Natal
aprovou nesta quinta-feira (10) a matéria que concede o título de cidadão
natalense ao ex-presidente da República Jair Bolsonaro. O projeto foi votado em
regime de urgência.
A pauta rendeu discussões e confusões envolvendo vereadores, além de manifestações de protesto e apoio nas galerias da Casa. A votação foi iniciada na terça-feira (8), mas precisou ser adiada por conta das confusões e acabou concluída apenas nesta quinta.
A proposta, de autoria do vereador Subtenente Eliabe (PL), terminou com 20 votos a favor e 4 contrários. O vereador disse que o projeto foi aprovado em regime de urgência para aproveitar a visita do ex-presidente ao Rio Grande do Norte nos próximos dias.
"Esta foi sim a razão pela
qual nós optamos por um mecanismo que é regimental e prerrogativa do vereador,
que é apresentar um requerimento de urgência", explicou o Subtenente
Eliabe.
O título de cidadão natalense, segundo o vereador, está previsto para ser entregue ao ex-presidente na cidade de Pau dos Ferros nesta sexta-feira (10).
"O título é justo e merecido por aquele que é presidente, que teve uma atenção, que tem um respeito enorme na cidade do Natal. Na história dos presidentes da República, foi o que mais teve a visita do Natal", defendeu o propositor da honraria.
Votação gerou debate
A vereadora Samanda Alves (PT)
chegou a solicitar um pedido de vistas, um prazo maior para avaliação da
matéria, mas o pedido foi negado por 19 votos a 3. A parlamentar discordou da
celeridade da tramitação.
"Eu lamento que o regimento interno desta Casa tenha sido rasgado hoje [quinta]. Eu fiz a consulta do pedido de vistas, que acontece aqui, já foi atendido em outras ocasiões, mas hoje não foi atendido. Uma prerrogativa, para mim, enquanto vereadora, seria um pedido de vista para a gente avaliar em 24 horas e dar um retorno sobre a votação", disse.
O vereador Fúlvio Saulo
(Solidariedade) acredita que houve uma demora para se votar a honraria, fazendo
com que a Casa gastasse mais tempo do que o necessário com a pauta.
"A sociedade precisa que essa Casa construa projetos de leis e fiscalize o Executivo para trazer a elas o serviço de qualidade que a nossa sociedade precisa", disse.
"Um tema dessa dessa relevância, claro, tem a questão política, mas perder três dias de sessão com lutas regimentais não constrói nada para nossa sociedade. Então, em alguns momentos, vira uma coisa com um circo", disse.
A vereadora Camila Araújo (União Brasil), que presidiu a sessão, defendeu a aprovação da honraria.
"Conduzir uma sessão como essa, foi sem dúvidas alguma, um misto de muitas emoções. Mas entender que a maioria desta Casa precisa também ser ouvida e precisa ter suas opiniões e posições sendo bem relatadas, como devidamente foi, assim como a minoria pôde declarar seu voto", disse.
Fonte: G1 RN
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